quarta-feira, 31 de maio de 2017

Governo do Maranhão convoca professores classificados em Seletivo para contratação

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) convoca os candidatos classificados dentro do limite de vagas no Processo Seletivo Simplificado para contratação temporária de professores, na modalidade de educação ensino médio regular, conforme Edital nº 33/2017, para a entrega da documentação e formalização dos contratos administrativos na sede da Unidade Regional de Educação, a qual pertence o município para onde concorreram e para o qual serão contratados.
Os convocados deverão comparecer até terça-feira (6), munidos de originais e cópias dos seguintes documentos: Diploma ou Certificado de Formação, cópia devidamente autenticada, para os graduados; declaração original da Universidade, acompanhada do histórico escolar, para os que estão cursando mais da metade do curso; Carteira de Identidade; CPF; Título de Eleitor e o comprovante da quitação eleitoral; Carteira de Reservista para os candidatos do sexo masculino e não índio; comprovante de Aptidão Física e Mental apurada em Perícia Médica (Laudo); comprovante de endereço; número do PIS ou PASEP e dados da conta bancária do Banco do Brasil, devendo o titular ser o professor contratado.
Os endereços das Unidades Regionais de Educação constam podem ser consultados no endereço eletrônico da Seduc (www.educacao.ma.gov.br). 

Caso o candidato não compareça no prazo estabelecido, a Unidade Regional de Educação convocará o candidato seguinte, na ordem de classificação.

Prefeitura de São Luís será parceira do Governo em extensão da Avenida Litorânea e instalação do sistema BRT

Mais uma parceria da Prefeitura de São Luís e o Governo do Estado vai transformar a paisagem urbana da cidade. Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (31), no salão de atos do Palácio dos Leões, o prefeito Edivaldo e o governador Flávio Dino assinaram o contrato com o Consórcio BRT – Litorânea, responsável pelas obras do lote 1 do Projeto de Restruturação das Avenidas dos Holandeses e Litorânea-BRT Metropolitano. O prefeito participou da cerimônia acompanhado do vice-prefeito, Julio Pinheiro e do secretário de Governo, Lula Fylho.
As intervenções realizadas permitirão a implantação do sistema de transporte BRT (sigla em inglês para Bus Rapid Transit) e de sistema binário, transformando vias paralelas e próximas atualmente de mão dupla, em sentido único.
"Esta é mais uma obra que marca o espírito de diálogo permanente que hoje marca a relação de parceria entre o Governo do Estado e Prefeitura de São Luís", disse o governador do Estado, Flávio Dino. Ele destacou também aquiescência da Prefeitura de São Luís uma vez que obra será realizada em território do município.
"Me sinto muito feliz em participar deste momento tão importante para a cidade. Essa era uma obra que estava nos nossos planos quando conquistei o direito de continuar administrar esta cidade. Tenho reconhecido sempre as parcerias com o Governo do Estado, que têm transformado esta cidade", disse o prefeito Edivaldo.
"Vamos estender a Litorânea para o Olho d´Água e integrá-la ao sistema com a Holandeses que vai viabilizar a implantação de um transporte rápido coletivo, que é o BRT. Com isso nós teremos a fluidez maior do trânsito, para quem usa transporte individual e para quem usa coletivo", explicou o governador.
OBRAS
Para o prefeito Edivaldo, Prefeitura e Governo do Estado vêm realizando obras de intervenções em pontos onde eram frequentes os estrangulamentos. Citou, por exemplo, as que estão sendo realizadas no retorno da Forquilha, e as concluídas na entrada da cidade, no Tirirical; a Ponte Pai Inácio, nos limites entre os municípios de São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.
"Esta é uma grande obra que se soma a várias outras intervenções que estão sendo feitas na região metropolitana da Ilha. Isso é fundamental para garantir a fluidez do trânsito da cidade. Estamos demonstrando que existe vontade para realizar grandes obras", destacou o vice-prefeito Julio Pinheiro.
O lote está dividido em duas fases. A primeira compreende a extensão de 2.820 metros entre a avenida Colares Moreira - Estaca 2 até a Ponte do Rio Calhau; e entre a Avenida Litorânea até o Olho d´Água. A segunda fase da obra abrange a reestruturação das avenidas Colares Moreira e São Carlos, no Olho d´Água, e trecho da Litorânea, entre o Rio Pimenta e a Ponta do Rio Calhau. A premira fase da obra está prevista para ser iniciada no mês de julho.
O diretor da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), Arthur Cabral, prevê que dentro do prazo máximo de 18 meses estarão sendo concluídas todas as obras do Lote I. "O Lote 2, referente à avenida dos Holandeses, deverá receber as proposta até o dia 20 de junho. A expectativa é que ainda neste segundo semestre de 2017 começarmos os trabalhos do Lote 2", adiantou Cabral.
Depois de pronta, as avenidas Litorânea e dos Holandeses terão sentido único. Da rotatória do Quartel da PM até a rotatória da avenida Daniel de La Touche terá sentido bairro-centro. Enquanto que, a Avenida Litorânea terá sentido centro–bairro em mão única. O projeto inclui instalações de equipamentos turísticos, estacionamento, três pistas de rolamento para ônibus convencionais e automóveis, além da via do BRT, ciclovia e passeio.

Agência de risco 'Ficht Ratings' eleva notas da economia do Maranhão e vê situação fiscal adequada

A agência de risco Fitch Ratings elevou duas importantes notas que se referem ao desempenho da economia maranhense. Isso significa mais um reconhecimento da solidez das contas públicas do estado, algo já demonstrado por entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Banco Central.
A Fitch avaliou alguns cenários em relação à economia do Maranhão. Um dos índices se chama Rating Nacional de Longo Prazo do estado que é, basicamente, a capacidade de honrar os compromissos financeiros. Esta nota subiu de A+ para AA-, com perspectiva estável.
Ou seja, mesmo diante da grave crise financeira nacional, o Governo do Maranhão conseguiu construir e manter uma sólida situação fiscal.
Outra nota do Maranhão que melhorou se chama Perspectiva dos IDRs (Issuer Default Rating – Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor). Essa passou de BB- Negativo para BB- Estável. Esse índice também tem relação com a capacidade financeira do estado.
A agência diz que a melhora das notas reflete o “adequado desempenho fiscal do Maranhão, mesmo em períodos de desaceleração econômica”.
A Fitch lembra que o Governo do Maranhão lançou o programa Mais IDH para melhorar as taxas de urbanização e saneamento, que têm grande reflexo no desempenho econômico de um estado.
A agência também afirma que o PIB do estado vem crescendo mais que o do país, devido a maiores atividades associadas ao Porto de Itaqui e aos investimentos em energia e mineração.

“O Maranhão não sofreu impacto significativo com os apertos de liquidez em 2016, não tendo reportado atrasos nos pagamentos comerciais e aos servidores públicos”, acrescenta o documento. Enquanto muitos estados vêm atrasando ou não fazendo pagamentos, o Maranhão tem pagado os servidores até mesmo de forma adiantada.

São Luís: Avanços na educação são apresentados em audiência pública na Câmara Municipal

Secretário Moacir Feitosa
apresenta ações da Prefeitura de São Luís
na área de Educação
A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), apresentou em audiência pública na Câmara de Vereadores de São Luís, na tarde desta quarta-feira (31), as ações executadas pela pasta este ano, além de projetos e obras em andamento. 
Os destaques foram o programa de requalificação e reforma da rede física municipal; o sistema de municipal de avaliação da rede de educação, que deve ser implantado ainda este ano, além das ações de capacitação e valorização dos professores.
O secretário Moacir Feitosa enalteceu a iniciativa da Câmara pelo convite à audiência. "Louvo a atitude desta Casa em promover este momento de debate. É louvável e muito bem vindo aos que querem discutir ideias para encontrar soluções a fim de contribuir para uma educação cada vez mais de qualidade às nossas crianças e jovens", disse o gestor.
Na ocasião, Feitosa apresentou documento contendo as atuais medidas da Prefeitura para recuperar prédios e garantir as devidas condições de estrutura aos estudantes. "A gestão tem trabalhado para resolver os problemas da Educação. Estamos com obras nas escolas em diversas frentes, conseguimos melhorar e ampliar o transporte escolar na zona rural. Temos investindo na qualificação e valorização dos professores e,  apesar das dificuldades, temos resultados positivos. O crescimento da curva do Ideb mostra isso", destacou Moacir Feitosa.
De acordo com o cronograma da Semed mais de 40 unidades estão em obras e mais 30 receberão Ordem de Serviço para início dos trabalhos de reforma e requalificação. Estão contempladas nesta listagem escolas na zona rural, que recebem intervenções no sistema de água e esgoto, na rede elétrica e telhado. Além disso, três creches estão em construção na Chácara Brasil, São Raimundo e Cidade Operária. Na lista das reformas concluídas o secretário destacou as Unidades de Educação Básica (U.E.B.) Alberto Pinheiro – Educação Infantil; U.E.B. Raimundo Chaves; Casa Familiar Rural; entre outras, totalizando aproximadamente 50 unidades reformadas. 
As intervenções incluem melhorias na cobertura com substituição das estruturas em madeira, retelhamento e forro; serviços de elétrica com troca de cabeamentos, interruptores, tomadas, ventiladores e luminárias; e de hidráulica na rede de água e esgoto, da cozinha e banheiro com as devidas substituições de louças, vasos e torneiras. O secretário destacou ainda a construção de três escolas com 12 salas de aula nos bairros Coroadinho, Ribeira e Chácara Brasil. 
TRANSPARÊNCIA
Parlamentares que acompanhavam a exposição fizeram questionamentos ao secretário, sugestões e ressaltaram a transparência na condução da pasta. "É importante que estes debates sejam reforçados e agradecemos a atenção do secretário a comparecer e expor aos vereadores o trabalho que a gestão vem promovendo nesta área, que impacta diretamente na vida dos cidadãos", destacou o vereador e primeiro vice-presidente da Câmara, Osmar Filho, que conduziu a audiência representando o presidente da Casa, Astro de Ogum.
O secretário municipal de Articulação Política, Jota Pinto, compôs a mesa, representando o prefeito Edivaldo e avaliou como significativa a exposição do secretário de Educação. "O desafio de conduzir esta pasta é grande, mas, é salutar que melhorias sejam promovidas e que possamos vislumbrar uma educação cada vez melhor em nossa cidade. São muitas as ações desta gestão e que, sem dúvidas, se concretizam em mais educação e mais oportunidades aos jovens ludovicenses", pontuou.
Presentes ainda à audiência o secretário municipal de Governo, Lula Fylho; representantes do Ministério Público, da União dos Estudantes, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); dos conselhos tutelares; da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA); além de professores e familiares de estudantes.

SINPROESEMMA paralisa atividades em Bela Vista por abertura de diálogo

Cansados de tentar diálogo com o gestor municipal, sem sucesso, professores do município de Bela Vista do Maranhão paralisaram atividades nesta quarta-feira (31). A medida foi tomada após a assembleia geral realizada na Escola de Ensino Médio no último dia 22, com a participação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), Raimundo Oliveira, e da secretária de Representação de Núcleos Municipais, Janice Nery.
Segundo o coordenador do núcleo do Sinproesemma em Bela Vista, Ivanildo de Sousa, a categoria vem tentando o diálogo deste o mês de março deste ano, com a entrega do primeiro ofício à Secretaria Municipal de Educação, na busca de um entendimento com a gestão municipal.
“Nós já estamos cansados com o descaso na educação municipal e com a falta de respeito com a categoria. Foi preciso uma medida de greve para que o prefeito Orias de Oliveira responda a um ofício do sindicato. Então, por falta de diálogo e na cobrança da nossa pauta de reivindicação, nós confirmamos a paralisação para dois dias, 31 de maio e 1º de junho, nesta quarta e quinta-feira”, pontuou Ivanildo.
AMEAÇA
Ao invés de chamar a categoria para o diálogo, a Prefeitura de Bela Vista encaminhou ofício ao núcleo sindical ameaçando cortar o ponto dos trabalhadores que participam do movimento. “Nenhuma resposta sobre a pauta foi passada a categoria, mas, após a assembleia que decidiu pela paralisação, um ofício vago foi enviado com ameaça de corte do ponto dos professores que aderirem à greve”, informou o coordenador.
PAUTA DE REIVINDICAÇÃO DOS EDUCADORES DE BELA VISTA

1-Cumprimento de 1/3 da jornada para o desenvolvimento das atividades extraclasse, regulamentada pela lei nº11.378/2008.
2-Os retroativos de 2015 e 2016 devido à mudança de classe.
3-Pelo recolhimento e repasse do INSS dos servidores.
4-Reformulação do Plano de Carreira e Remuneração dos profissionais do magistério
5-Enquadramento dos docentes ao Plano de Carreiras, cada um em seu nível e classe
6-Pela falta de diálogo da Secretaria de Educação com os professores
7-Reformas das escolas (algumas já têm prestação de contas dos recursos 2016, mas as reformas não aconteceram)
8-Adicional noturno para os vigilantes.
9-Adicional de risco.
10-Adicional de 1% para tempo de serviço para o pessoal que recebe pelos 40% do Fundeb.
11-Cumprimento da ATA de reunião realizada dia 03, de março.
Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

Em São Luís prazo do Refaz é prorrogado para 28 junho

A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz), informa aos contribuintes com débitos com o fisco que o período de adesão ao Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Municipal de São Luís (Refaz), foi prorrogado até o dia 28 de junho.

Conforme orientação do prefeito Edivaldo, o período de adesão ao Refaz foi prorrogado diante do quantitativo de contribuintes com interesse em quitar suas dívidas com o fisco municipal com descontos de até 100% nos juros e multas e facilidade no parcelamento dos débitos em até 48x.

No período de 20 de fevereiro a 31 de abril, cerca de seis mil contribuintes quitaram seus débitos com a Prefeitura de São Luís. A ação, que visa o aumento da arrecadação municipal, trouxe bons resultados para o município. De acordo com o secretário municipal de Fazenda, Delcio Rodrigues, até o dia 28 de junho, o órgão pretende alcançar o máximo de adesões.

"Nós recebemos diversos pedidos para que o prazo de adesão fosse prorrogado, então decidimos dar mais uma oportunidade aos contribuintes para que possam aproveitar o Refaz e quitar seus débitos com o poder municipal", afirmou o secretário.

Durante o mês de junho, os contribuintes poderão regularizar débitos de natureza tributária (IPTU, ISS, Alvará, ITBI, dentre outros) e não tributária, com descontos de até 100% nos juros e multas e facilidade no parcelamento das dívidas.

Os postos de atendimento estarão disponíveis em três locais, dentre eles, a sede da Secretaria Municipal da Fazenda, o Viva Beira-Mar e a Procuradoria Fiscal, direcionada aos contribuintes que estejam inscritos em dívida ativa, para regularizar débitos com o fisco.

SAIBA MAIS

Descontos

Pagamento à vista - 100%
Parcelamento em até 6x - 80%
Parcelamento de 7x a 12x - 60%
Parcelamento de 13x a 24x - 40%
Parcelamento de 25x a 36x - 20%
Parcelamento de 37x a 48x - 10%

Período de adesão

De 1° a 28 de junho de 2017

Postos de Atendimento

Secretaria Municipal de Fazenda (Semfaz) - Avenida Kennedy - das 8h30 às 16h; Viva Beira-Mar (antigo Casino Maranhense) - das 8h às 18h;

Procuradoria Fiscal - Rua do Sol - Aos cidadãos que tiverem débitos já inscritos em dívida ativa, atendimento exclusivo na Procuradoria - das 8h às 18h.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Pascoal Carneiro, da CTB: "Reforma da Previdência cria impasse na base do governo Temer"

Com a incapacidade do governo Temer de superar a crise política em que se encontra, o andamento da PEC 287, que trata da reforma da Previdência Social, vem gerando impasse entre partidos da base aliada. Alguns defendem uma reforma mais “enxuta”, aprovando apenas a idade mínima de 65 anos. 

Pascoal Carneiro, da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),diz que a busca pela base do governo por nova estratégica confirma as dificuldades do governo. 

Por Railídia Carvalho  


“Ela (a reforma) não está parada mas tem tanta denúncia contra o governo que a base tem receio de avançar com a PEC e, por outro lado, tem a Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência (CPI) que está ouvindo especialistas e técnicos da receita. Tudo isso deixa a base parlamentar do governo com dificuldades porque eles trabalharam baseado em mentiras”, declarou Pascoal, que é secretário nacional de Previdência, aposentados e pensionistas da CTB.

Agenda do setor financeiro, a reforma da Previdência foi aprovada na Comissão Especial sobre o tema na Câmara dos Deputados e aguarda para ir à plenário. A proposta precisa ser aprovada em dois turnos por no mínimo 308 votos. “Vão ter muita dificuldade em aprovar nos moldes propostos”, avaliou Pascoal.

Manipulação oficial

Na opinião do professor de economia da Universidade de Campinas, Eduardo Fagnani, convidado da CPI da Previdência, o diagnóstico da reforma da Previdência é questionável, e as propostas excludentes.
 
“Uma forma draconiana, com regras mais severas que as praticadas em nações igualitárias. O déficit vem da não contabilização da contribuição do governo como receita da previdência, que desde 1989 não faz parte da Seguridade Social”, enfatizou em sessão da CPI.

A professora de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Denise Lobato também declarou à CPI que a União promove um déficit inexistente ao não cobrar sonegadores e conceder renúncias fiscais. Na opinião dela, o Palácio do Planalto omite e maquia dados ressaltando no discurso oficial que em 2060 35% da população do país será formada por idosos. 
 
"Não é mostrado que a taxa de crescimento da população idosa é decrescente. Nós estaríamos em 2017 no pico do crescimento dessa taxa da população idosa e, daí para frente, nós teríamos decréscimo. O que nos faz pensar que a 'despesa' no futuro teria de cair e não subir."

Idade mínima: o esteio da reforma

Segundo Pascoal, o movimento sindical continua sendo contrário a uma minirreforma posto que não mexe na espinha dorsal da proposta, que é a idade minima. Para o dirigente, esse ponto é especialmente prejudicial aos trabalhadores que exercem funções em situação mais precária. O substitutivo aprovado na Câmara também acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição.

“O problema é o seguinte: a idade mínima beneficia os setores da sociedade que tem nível de vida melhor e vivem mais. Aqueles que trabalham em situação precária vão sair prejudicados porque hoje nós temos o tempo de contribuição que é uma compensação para esses trabalhadores. Agora querem acabar com esse direito”, ressaltou o dirigente da CTB.

As regras atuais da Previdência permitem a aposentadoria por  tempo de contribuição (fórmula 85/95) para ter direito ao benefício integral: Mulheres precisam ter 55 anos de idade e 30 de contribuição; homens precisam ter 60 anos de idade e 35 de contribuição. 

Balão de ensaio

A reforma da Previdência de Temer estabelece a idade de 65 anos para homens, trabalhadores do campo e da cidade, requererem a aposentadoria. Para mulheres a partir dos 62 anos. A proposta também eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos.

Pascoal alertou ainda que o posicionamento de alguns parlamentares do DEM e PSD sobre uma minirreforma da Previdência tem como objetivo desmobilizar o movimento antireforma, que se fortalece”. 

“Não podemos entrar nessa pilha que tem o objetivo de desmobilizar. Continuamos contra a PEC. Se quiser fazer reforma é preciso fazer ampla discussão com a sociedade como um todo”, completou.
 

Fonte: Portal Vermelho

Economia em baixa e protestos: entenda a atual crise na Venezuela

Jovens manifestantes dos bairros de classe média de Caracas

A Venezuela é governada por uma aliança de partidos de esquerda desde 1999. Esse conjunto de forças é capitaneado pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e tem como liderança maior o ex-presidente Hugo Chávez, falecido em março de 2013. O atual mandatário, Nicolás Maduro, venceu as eleições meses depois da morte de Chávez. Na Venezuela, em caso de vacância do presidente, o vice assume somente para convocar novas eleições. Aos mais de 18 anos de governo, convencionou-se chamar de “chavismo” ou de “revolução bolivariana”.

Renda petroleira

Com a maior reserva petrolífera comprovada do mundo, a Venezuela tem sua economia baseada na renda do petróleo, que corresponde a 70% dos investimentos do poder público. Assim, mudanças nos preços do hidrocarboneto no mercado mundial afetam diretamente o cotidiano dos venezuelanos. Durante os últimos 80 anos de exploração no país, o petróleo sempre foi motivo de ascensões e derrocadas de governos.

Desde 2013, o petróleo tem enfrentado mais um ciclo de queda sistemática nos preços, que nas boas épocas do chavismo chegou a custar US$ 120 e hoje acomodou-se em US$ 50, mas que nos momentos mais radicais desta crise, chegou a custar parcos US$ 30, como no primeiro trimestre de 2016.

A maior parte das políticas públicas e programas sociais, chamados no país de Missões, implantados pelo ex-presidente Chávez, foi resultado direto da venda média de 3 milhões de barris diários do ouro negro, dos quais dois terços vão para os Estados Unidos da América.


Moradias do programa Missión Vivienda 

A Missión Vivenda, por exemplo, que é o programa de construção de moradias populares, apresenta resultados surpreendentes para um país de cerca de 30 milhões de habitantes, com mais de 1,5 milhão de moradias doadas ou vendidas sob forte subsídio público. Ou ainda a Missión Barrio Adentro, que levou para as periferias do país sul-americano milhares de médicos cubanos.

A própria Caracas, com prédios públicos imponentes, como o complexo cultural Tereza Careño, ou as grandes avenidas de seu centro financeiro, é um retrato das épocas áureas de lucro petroleiro dos anos 1970 e 1980, a despeito da pobreza extrema que sempre marcou as áreas periféricas e o interior do país. Tal situação, no entanto, teve no governo Chávez uma radical virada.

Início da atual crise

Desde sua vitória eleitoral, em abril de 2013, Maduro enfrenta uma forte oposição dos partidos agrupados na MUD (Mesa da Unidade Democrática) que, em primeiro ato, não reconheceram a vitória do chavista, para, depois, pedirem a recontagem dos votos.

O sistema eleitoral venezuelano é reconhecido, ao longo das diversas eleições realizadas pelo chavismo, por centenas de técnicos de diversos países, como confiável e chegou a ser, inclusive, considerado pelo Instituto Carter, do ex-presidente estadunidense Jimmy Carter, como um dos mais seguros do mundo. “Das 92 eleições que observamos, eu diria que o processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo”, disse Carter em setembro de 2012.

Assim, nos últimos quatro anos, a oposição não deu trégua ao governo de Maduro. A chamada “guerra econômica” levada a cabo no país gerou uma situação de desabastecimento de comida e escassez de produtos básicos, golpeando fortemente a população.

“Há um mercado especulativo, mas que no fundo a intenção é política, de gerar uma série de desequilíbrios que terminam provocando descontentamento na população, a chamada guerra econômica, principalmente em uma economia com tantos produtos importados”, explica o economista Luis Salas, com mestrado em Sociologia do Desenvolvimento pela Uarcis (Universidade de Artes e Ciências Sociais do Chile).

Neste cenário, o governo enfrenta uma queda consecutiva em índices de popularidade, sendo mal avaliado por 68,9% da população, segundo a última pesquisa da Venebarómetro, divulgada pela Agência AFP em 15 de março. Para Salas, esse é o reflexo de um “caldeirão” de fatos.

Um deles é a queda dos preços das commodities, como os grãos, os minérios e o petróleo. “A Venezuela, em 2012, terminou o ano com um crescimento de 5,5% no PIB. Era mais que o dobro da média mundial. Isso devido aos preços altos do petróleo, investimentos sociais e à política econômica do chavismo de estímulo à demanda”, explica Salas.

Outro fator foi a morte de Hugo Chávez, em março de 2013, como explica o economista, para quem o fato foi um “golpe simbólico” no governo, pelo que ele representava para o país.

Soma-se a isso a “manipulação” do câmbio, que se tornou outro fator da atual crise. A Venezuela tem uma moeda fortemente desvalorizada ante o dólar. A estadunidense é vendida, de forma paralela, nas ruas, por até 10 vezes mais, em comparação com o câmbio oficial.

Endurecendo o discurso

Para o jornalista e analista político do website Missión Verdad, Diego Sequera, a oposição percebeu que poderia endurecer o discurso contra Maduro, visto que, embora alçado por Hugo Chávez, o político não tinha sua popularidade e estava em outra situação econômica.

“As primeiras experiências com as barricadas, toda a narrativa da crise começou por aí, e se fortaleceu com o decreto Obama”, disse Sequera, referindo-se ao decreto executivo do então presidente dos Estados Unidos, de março de 2015, declarando a Venezuela uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança do país.

Mas é em dezembro de 2015 que a oposição confere o mais duro golpe ao governo Maduro, quando a MUD ganha a grande maioria das cadeiras da Assembleia Nacional, com 112 deputados, contra 51 do PSUV. O fato praticamente paralisou o governo.

Desabastecimento

De 1999 a 2012 o governo Hugo Chávez logrou afastar do país um fantasma histórico que tirava o sono do venezuelano: o desabastecimento de alimentos. Embora o problema nunca tenha sido completamente sanado, visto que o país ainda importa, em média, 70% do que consome, o chavismo não poupou esforços no que chamou de impulso à segurança alimentar.


Com hortas urbanas, o governo tenta suprir a escassez de alimentos
 
Segundo o próprio governo, o país já produz o que consome em quase 100% de frutas como mamão, limão, maracujá, melancia, etc.; hortaliças, pimentão, cebola, tomate, mandioca e derivados do leite. Muito dessa produção é fortemente subsidiada e até produzida pelo Estado, que também tomou como política vendê-los e distribuí-los por redes de supermercados estatais.

Mas, desde 2014, a falta de itens básicos nos supermercados e farmácias da Venezuela se agravou, atingindo diretamente a população mais pobre.

Um estudo da economista Pasqualina Curcio para o Banco Central do país identificou que, entre 2003 e 2013, houve um incremento das importações em mais de 500%, acompanhando o crescimento do consumo da nova classe média do país. Também ocorreu com a produção nacional de alimentos, que cresceu, nesses 10 anos, 25%.

Para Curcio, a falta de alimentos nas prateleiras e a escassez aguda que sofrem os venezuelanos, principalmente nos dois últimos anos, se deve basicamente à falta de iniciativa dos importadores (embora recebam dólares subsidiados para fazer compras fora e vender no país), à ocultação e ao contrabando de alimentos.

O economista Luis Sala concorda: “Nos últimos 10 anos, enquanto na Venezuela dobramos a importação de remédios, na Colômbia as importações se mantiveram praticamente estáveis. Muitos remédios são contrabandeados da Venezuela para a Colômbia, até para o Brasil, assim como os alimentos”, denunciou.

Protestos e barricadas: as "guarimbas"
Desde abril, quando se iniciou a nova onda de protestos oposicionistas, o governo conta 55 mortes relacionadas a esses embates. Entre os mortos, 14 são relacionados a confrontos violentos, oito a acidentes de trânsito relacionados às barricadas em pistas e ruas, seis relacionados a disparos de armas por parte das polícias, 14 relacionados a pessoas que transitavam próximas aos protestos, três policiais mortos e outros casos que estão sendo investigados.


Jovem ateia fogo para interromper trânsito durante manifestação 

As barricadas, na Venezuela chamadas de “guarimbas”, são o tema do momento. Elas derivam dos protestos, pretensamente pacíficos, chamados pela MUD. Sempre ocorrem após a marcha, que vem à frente com as lideranças oposicionistas. A rota dos protestos sempre é direcionada para um órgão público, o que faz com que as forças de segurança do governo se posicionem para interrompê-la e, consequentemente, aconteçam os embates.

Desde o que a reportagem do Brasil de Fato chegou em Caracas, em um lapso temporal de sete dias, já foram cinco marchas convocadas, todas saindo da região leste da capital, onde se concentram os bairros de classe média e média alta.

O investigador e cientista social Carlos Lanz acredita que todas as ações da paralisação realizadas pela oposição são cuidadosamente planejadas como uma estratégia comunicacional.


Policial ferido durante manifestação 

“Estamos em uma guerra não-convencional que tem um tripé: inteligência tecnológica, pressão psicológica e as ações cinematográficas, que são as pessoas vestidas como se estivesse em uma operação especial para enfrentar as instituições, principalmente a polícia”, disse.

Lanz se refere aos jovens vestidos com máscaras, luvas, escudos e armas artesanais, que rotineiramente entram em confronto com as forças policiais. “Ou personagens como uma fisiculturista que se vestiu de Mulher Maravilha e participou de protestos expondo seu corpo escultural e lançando pedras. Tudo é compulsivamente distribuído nas redes sociais”, explica.

Reação do governo Maduro

Um aspecto muito importante e pouco explorado pela imprensa internacional sobre as eleições parlamentares de dezembro de 2015 é que, a despeito da vitória acachapante, a grande maioria dos deputados da oposição se elegeu por uma pequena margem de diferença, o que comprova que o chavismo, embora debilitado, ainda tem força e base social.

Outro aspecto é que a grande maioria dos prefeitos das pequenas cidades posicionam-se no oficialismo, o que reforça e mantém o chavismo em cada rincão do país.

A última pesquisa Interlaces, de 14 de maio, acrescenta que para 83% dos venezuelanos, “não há novas lideranças na oposição”, assim como 65% estão “de acordo” com esperar pelas eleições de 2018 para presidente. Além disso, 61% não confiam que a oposição possa superar os problemas econômicos do país.

Depois de ter passado por uma eleição apertada em 2013, por uma crise energética em 2014, por embates com a Assembleia Nacional, com a OEA (Organização dos Estados Americanos) e enfrentado forte desabastecimento em 2015 e 2016, Maduro colocou as cartas na mesa.

Na reunião da OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo), em 2016, Maduro foi um dos que mais defendeu uma redução na produção para, consequentemente, conseguir uma melhora nos preços do barril.

Em um esforço de reação, criou também em 2016 os Claps (Comitê Local para Abastecimento e Produção), uma iniciativa local que organiza a distribuição dos alimentos subsidiados pelo governo e incentiva a pequena produção.

Segundo os três entrevistados da reportagem, os Claps são um ponto positivo para o governo, por diminuir a atividade de vendedores de alimentos nas ruas por preços altos, os chamados “bachaqueros” e ter restabelecido a distribuição das cestas básicas nas comunidades e pequenas cidades.

Constituinte

Para sair das cordas no ring político, Maduro lançou as bases legais para a Convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que tem sido fortemente rechaçada pela oposição.

Publicamente, o chavismo já começou a escolher seus candidatos que se inscreverão para concorrer a uma vaga na Assembleia.

A ação traz a oposição para o campo do embate político-eleitoral e deixa o governo em uma posição protagonista.

Assim, os próximos rounds serão, além da Constituinte, que será realizada em julho, as eleições para governador, em 8 de dezembro e, enfim, para presidente, em 2018.


Fonte: Brasil de Fato

Prefeitura de São Luís visita maiores empresas de turismo do país e capacita operadores de viagem, em São Paulo

Cerca de 40 operadores de viagens receberam, nesta terça-feira (30), capacitação sobre o destino São Luís em café da manhã realizado na sede da New Age Tour Operator, em São Paulo. A ação da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setur), tem o objetivo de promover o potencial turístico do polo São Luís, apresentando atrativos como a cultura e a gastronomia maranhenses. Na segunda-feira (29), a equipe da secretaria visitou cinco das principais operadoras de viagens do país.
Para a titular da Setur, Socorro Araújo, a capacitação dos operadores é fundamental para que o turismo de São Luís seja fortalecido. "Não basta apenas a nossa cidade ter uma cultura espetacular, uma gastronomia deliciosa e belezas naturais encantadoras. É preciso saber vender o destino. Por isso, capacitar os operadores é tão importante, pois eles lidam diretamente com o público. Sentem mais segurança em vender um produto que eles conheçam bem, e esse é o nosso papel aqui", explicou a secretária.
A capacitação foi conduzida por Socorro Araújo e pela coordenadora de promoção e marketing da Setur, Nadna Barros. Na ocasião, foram mostradas as riquezas arquitetônica e histórica, belezas naturais, gastronomia, artesanato, manifestações folclóricas, o reggae como produto turístico, sugestões de roteiros integrados, entre outras particularidades.
Na sede da New Age, cerca de 15 operadores participaram presencialmente e quase 25 acompanharam por meio de videoconferência transmitida em tempo real para São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP) e Porto Alegre (RS). Na ocasião, foi feita também degustação de doce de espécie, feito em Alcântara e típico do Maranhão.
Para a diretora de marketing da New Age, Ingrid Davidovich, São Luís tem forte potencial para os turistas que preferem roteiros mais diferenciados. "Hoje em dia o público tem procurado muito roteiros que não estejam tão saturados. Querem algo mais exótico. E isso tem muito a ver com o produto São Luís. É muito importante a presença da equipe da secretaria aqui justamente para que possamos estreitar os laços e conseguir vender a cidade da melhor maneira possível", considerou.
VISITAS
Na segunda-feira (29), a equipe da Setur visitou cinco das principais operadoras de turismo do país, situadas em São Paulo. O objetivo foi de conhecer mais de perto como o destino São Luís está sendo comercializado e como a Prefeitura pode contribuir para superar as dificuldades e formatar o produto de maneira ainda mais atrativa para os visitantes.
As empresas visitadas pela equipe da Setur foram: Grupo Trend, Flytour, Turnet Turismo, Flot Viagens e Visual Turismo. Diretores e gerentes de cada uma receberam material informativo e de divulgação do polo São Luís e do Maranhão, discutiram o roteiro e articularam parcerias para a promoção do destino.
O diretor de produtos e operações nacionais da Flytour, Daniel Firmino, afirmou que é fundamental que seja feita a capacitação dos agentes de viagens. "São Luís é uma cidade que tem uma riqueza muito grande. Se os agentes foram orientados, tiverem toda a informação necessária, é um destino que tem tudo para evoluir rapidamente", analisou.
Para o gerente de desenvolvimento de negócios e marketing do Grupo Trend, Marcos Campos, o Maranhão possui opções interessantes para o turista, sendo São Luís a porta de entrada. "Tem a opção de roteiros integrados de São Luís com os Lençóis, Alcântara e demais municípios da Ilha, como Raposa e Ribamar. É um prato cheio para o turista que busca turismo de experiência, aliado a gastronomia e belezas naturais", disse.

Se mulheres ganhassem o mesmo que homens economia teria R$461bi a mais

Procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul,
deputada Manuela D’Ávila,
mediou mesa com Manoela Miklos e Renato Meirelles

Ele foi um dos convidados para o evento “Por que precisamos enfrentar o machismo?”, realizado nesta segunda-feira (29), pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que desde o início do ano tem a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) como titular. Meirelles, que é criador do Data Favela e Data Popular, falou ao lado de Manoela Miklos, uma das idealizadoras da campanha #agoraéquesãoelas, traçando um painel de números que provam que o machismo é sim ainda um problema muito brasileiro.

Segundo números apresentados por ele, 14% dos homens brasileiros se consideram machistas. Porém, 93% acreditam que vivemos em uma sociedade machista. “Ou seja, machistas são os outros”, ironizou Meirelles. “Apenas 6% dos brasileiros discordam da frase que é justo homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo terem o mesmo salário. No entanto, 68% consideram que se o chefe souber que a funcionária vai engravidar pode prejudicar a carreira da mulher. E 6 de cada 10 brasileiros afirmam preferir ter um chefe homem do que uma chefe mulher”.

O publicitário apontou os números da desigualdade com base em pesquisas realizadas por sua agência – Locomotiva – em entrevistas com homens e mulheres. Sobre renda e trabalho, por exemplo, a pesquisa apresentada por ele mostra que 52% dos brasileiros disseram que acreditam que os homens estão mais aptos para aguentar “pressão” no ambiente de trabalho; 40% afirmam que os homens são mais ambiciosos; enquanto isso, 42% dos entrevistados diz que as mulheres são mais “mandonas”, 46% afirmam que as mulheres ajudam mais os colegas, 67% consideram as mulheres as mais pacientes, 45% afirmam que são elas as mais comprometidas com o trabalho, 49% que são elas as mais confiáveis e 47% que são elas as mais eficientes.

Ou seja, se as mulheres parecem apresentar o melhor perfil para o mercado de trabalho, qual seria o obstáculo que impede a paridade entre os dois gêneros? “Já que a sociedade brasileira, na prática, reconhece um conjunto de qualidades que são as mais defendidas pelos gestores do mundo inteiro, mesmo assim, quanto maior o cargo de chefia, quanto maior o cargo de liderança, menor a presença das mulheres. O que além do machismo explica?”, questionou ele. “A crença que existe na sociedade brasileira é que o machismo, assim como a violência contra a mulher, não existe na elite intelectualizada e financeira”.

Há ainda o outro lado do machismo que vai além da economia. De acordo com Meirelles, no Brasil atual, 50,5 milhões de homens admitem já terem agrediram suas companheiras. “Nós fizemos outra pesquisa no ambiente universitário, 58% dos homens responderam que se uma mulher está numa ‘calourada’ (festa de calouros), ela topa ser beijada. E o que está por trás disso? É o sentimento de posse (…) muitas vezes se apoia no crime perfeito, que se ela está vestida de tal jeito é porque quer. O crime perfeito que culpa a vítima pela violência que ele fez”, diz ele, lembrando que esse é o machismo naturalizado e sobre o qual não se fala. “Se não se discute isso, você está fora do jogo. Não se muda situações que não são discutidas”.

A experiência do #agoraéquesãoelas

Um dos cases mais bem sucedidos do país em “falar” sobre o que ninguém quer reconhecer, tem sido o blog #agoraéquesãoelas, hospedado no site da Folha de São Paulo, com curadoria de Alessandra Orofino, Antonia Pellegrino, Ana Carolina Evangelista e Manoela Miklos. No evento desta segunda, Manoela apresentou um pouco da história da iniciativa e os resultados que ela vem colhendo desde o final de 2015.

“Tem uma coisa que todas nós sabemos e que é surpresa para muitos homens, é o tamanho da desigualdade e como é difícil fazer reconhecer que a gente importa igual”, afirmou ela. “Isso soa surpreendente para muitas de nós também. O sentimento de que a gente vale igual é construído dentro de nós”.

A campanha #agoraéquesãoelas surgiu no final de 2015, quando as mulheres do Brasil se uniam nas ruas contra o projeto de lei 5069, proposto pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que dificultaria o acesso de mulheres a métodos contraceptivos e durante a atenção após serem vítimas de violência sexual. Manoela e um grupo de tiveram a ideia de questionar os espaços dados para que mulheres falassem na mídia.

“É um blog que [segue a] ideia de qual é a voz feminina que não está sendo escutada, que é invisível e vulnerável? Essa é a mulher que a gente precisa ouvir. Antes de vir pra cá, eu estava trabalhando em um texto de uma usuária de crack, da Cracolândia, em São Paulo, falando como foram os últimos dias (com as ações policiais ordenadas pelo prefeito João Doria, do PSDB)”, conta ela. “A partir desse exercício de 2015 e desde então, conduzindo esse espaço, com essa lógica, foi possível fazer uma radiografia de quem somos nós e das pautas que cortam todas elas”.

As pautas, segundo ela, mostram que o debate em torno da igualdade de gênero no Brasil hoje, tem como eixo: a violência direta contra a mulher, o eixo econômico e social que a afeta, a discussão sobre os direitos reprodutivos e a subrepresentatividade em espaços de poder, por exemplo, na política. “Tivemos 640 prefeitas eleitas, a grande maioria delas em cidades com menos de 50 mil habitantes. Se você colocar no mapa do desenvolvimento, vai ver que foram eleitas em cidades com muito pouco recurso, que elas estão em condição de grande vulnerabilidade, com extrema fragilidade institucional. Como a gente fortalece essas gestões? Então, [temos de discutir] não só os números, como nos formar como líderes”, lembra ela.

O evento serviu ainda para apresentar cinco novos projetos da Procuradoria Especial da Mulher para ajudar a dar visibilidade àquelas que quase nunca tem chance de serem ouvidas, segundo a deputada Manuela D’Ávila, atual procuradora.

Entre os projetos estão iniciativas como “A História das Mulheres no Parlamento”, “Cidade Amiga Das Mulheres” – que busca sensibilizar estabelecimentos e serviços para atendimento acolhedor e sem machismo – “Agora é Que São Elas” – comprometer veículos de comunicação e jornalistas a darem espaço para mulheres em colunas e artigos dominados por homens – “Seminário Educação sem Machismo” – capacitando educadores a abordar temas de gênero – e “Projeto Institucional da Procuradoria da Mulher” – que prevê a criação de procuradorias do tipo em Câmaras de Vereadores pelo Estado.

“O Estado precisa do nosso envolvimento. Desde que me envolvi [com a questão], em 2011, não quero tirar o papel das mulheres, que tem caminhado há muito tempo por essa causa. O que eu quero é conversar com os homens”, disse o presidente da Assembleia, Edegar Pretto (PT), que é um dos representantes no país da campanha Eles Por Elas (He For She), da Organização das Nações unidas (ONU). O parlamento gaúcho foi um dos pioneiros na criação de uma frente parlamentar de homens voltada a discutir a violência contra a mulher, também encabeçada pelo petista.
 


Fonte: Sul 21

Prefeitura de São Luís intensifica limpeza e desobstrução de canais e galerias após chuvas na capital

Devido às fortes chuvas que atingiram a capital nos últimos dias, a Prefeitura de São Luís montou uma força-tarefa que está trabalhando nas áreas mais atingidas pelo grande volume de água. 
Entre as ações emergenciais estão a limpeza com retirada de sedimentos, desobstruções de bueiros e galerias e ainda uma análise técnica destes locais. As equipes da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) se concentram nos bairros Coroado, Coroadinho, Anil, Cidade Olímpica e São Cristóvão, entre outros pontos atingidos, com serviços emergenciais.
"Foi uma chuva atípica, considerando o período e que deixou muitos problemas, mas estamos com esse trabalho mais intensivo", enfatizou o titular da Semosp, Antônio Araújo, referindo-se às precipitações que ocorreram domingo (28) e segunda (29). De acordo com o Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) choveu, apenas nestes dois dias, 100mm dos 316mm esperados para o mês de maio.
Na galeria da Ponte São Sebastião, que corta a Avenida Casemiro Junior, no Anil, as equipes da Semosp prosseguiam o trabalho de desobstrução com serviço mecanizado. A ação teve início logo após as chuvas da última segunda-feira (29). No local é realizada a retirada de sedmentos – barro, arenosos e matagal – para aumentar a abertura (calha) do Rio Anil.
Máquinas da Prefeitura não param
Por ocasião das chuvas, houve ainda um grande arrastão de material arenoso para a galeria, causando obstrução, informa Antônio Araújo. "Devido esse volume intenso de chuvas, pela primeira vez a galeria inundou chegando a transbordar. Com esse alargamento e limpeza da calha do rio, em próximas chuvas esse problema não vai se repetir", enfatizou Antônio Araújo. O secretário da Semosp reiterou ainda que os serviços vão preparar a área para volume de chuvas semelhante.
 

BUEIROS
Na área do Coroado, as equipes se concentram na Rua do Cobalto e adjacências. No local, a Prefeitura realiza a limpeza dos bueiros com a retirada de detritos. "Identificamos um grande volume de lixo naquela área e estamos realizando a retirada para que não volte a obstruir", explica Antônio Araújo.
No Coroadinho, nas proximidades do Rio das Bicas, além dos trabalhos de desobstrução, a Prefeitura faz levantamento da situação e inspeção junto às comunidades. Os serviços de limpeza e desobstrução são promovidos na Avenida 1, bairro Cidade Olímpica, onde é construída uma borda do rio para assegurar a fundação do terreno que está comprometida devido o volume de construções na área. A limpeza do canal é outro serviço executado pela Semosp no trecho. A Avenida Guajajaras, no São Cristóvão, também recebe os serviços de limpeza. 
Quem acompanhou os serviços parabenizou a iniciativa da Prefeitura. Para o aposentado José Raimundo Viégas, 78 anos, que mora na Avenida Casemiro Junior desde seu nascimento. "Esse trabalho da Prefeitura é muito correto e vai deixar a gente tranquilo", disse o morador.
 

LIMPEZA PÚBLICA
Paralelamente ao trabalho nas áreas que mais sofreram com os alagamentos, a Prefeitura realiza a limpeza de canteiros em vias públicas de fluxo intenso. Equipes do Comitê Gestor de Limpeza Urbana da Prefeitura, promove grande operação de limpeza da cidade. O Centro Histórico e adjacências recebem ações de capina e roçagem. Equipes se concentraram no Anel Viário na manhã desta terça-feira (30).
Para executar esta operação na cidade, a Prefeitura contratou 100 novos homens que complementam as equipes existentes para a retirada do mato dos canteiros e outros espaços públicos. A avenida Mário Andreazza, no Olho d´Água; Daniel de La Touche e Aririzal (Cohama), São Luís Rei França e Boa Esperança (Turu) e Luiz Rocha (Fé em Deus) já receberam os serviços.
Entre as etapas dos serviços são promovidos ainda limpeza de praças, fixação de placas, revisão da iluminação pública, podas de árvores, roçagem, capina, análise de comprometimento das árvores e ação dos agentes de endemias, além de avaliação das árvores. 

Encontro de Vereadores e Vereadoras do Maranhão é marcado pela grande política promovida pelo Governo Flávio Dino

Governador Flávio Dino
Em um encontro amplo, reunindo mais de 1.100 representantes das Câmaras Municipais de 194 municípios maranhenses, na tarde desta terça-feira (30), a atual gestão do Governo do Estado marca mais um ineditismo na condução do Maranhão.

No Encontro com Vereadores e Vereadoras, organizado pela Secretaria de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos (Secap), o governador Flávio Dino e os secretários de Estado puderam conversar com os legisladores municipais, num diálogo direto e articulado para, em conjunto, estabelecer ações integradas para melhorar a qualidade de vida da população de todo o Maranhão.
O evento, que contou com a parceria do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) e da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema), teve como tema ‘Cidades com desenvolvimento econômico, social e ambiental’ e colocou em pauta questões como licenciamento para gestão ambiental e de recursos hídricos e prestação de contas das Câmaras Municipais.
O governador Flávio Dino ministrou a palestra magna sobre o desenvolvimento econômico, social e ambiental das cidades e destacou a importância do diálogo direto com os parlamentares municipais.  “Estamos conversando com lideranças municipais para alcançar os políticos mais próximos do dia a dia do cidadão, os que democraticamente representam os interesses fundamentais do povo”, disse o governador.
Ele completou que este é o segundo evento desta natureza realizado na atual gestão e enfatizou que tal evento objetiva o diálogo para mostrar como o governo do Maranhão tem agido, não obstante uma aguda crise política e econômica, para garantir a continuidade dos serviços públicos, a sua ampliação e como é feito o trabalho em parceria com os municípios, “uma vez que os vereadores são fundamentais para, de um lado, implementar essas políticas públicas, e, de outro, para fiscalizar a boa aplicação dos recursos públicos, e, com isso, garantir que esses benefícios, esses direitos, cheguem ao maior número de lares maranhenses”, concluiu o governador.
Para o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, o encontro é importante para debater o tema proposto, mas, mais do que isso, para estreitar a relação entre o Executivo Estadual e os legislativos municipais, de modo a impulsionar a transformação no Maranhão.
Secretário Márcio Jerry
“O governador Flávio Dino, já no seu primeiro ano de mandato, em 2015, oportunizou um evento como esse, mas um pouco mais restrito às cidades que estão dentro da Amazônia Legal. E, agora, um novo encontro, alargando para todos os municípios do Maranhão com temáticas importantes, mas, sobretudo, com o objetivo muito claro que é o de mostrar o respeito que tem pelo legislativo municipal, a valorização pelo papel dos parlamentares. A gente precisa, neste momento de crise, dar as mãos, agir de maneira integrada, complementar, para que a gente possa atravessar esse momento alcançado melhores resultados na aplicação das políticas públicas”, destacou Marcio Jerry.
Os vereadores estão na ponta, lidando com demandas e necessidade da população de perto. O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) e prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, considera que, por isso, é tão essencial esse diálogo. “É um momento de aproximação, é a união de força. Sabemos que o vereador tem uma importância fundamental, é o político mais próximo do cidadão, é ele que traz os problemas que passa o cidadão, na sua comunidade e no seu bairro. Por isso é um grande momento”, defende.
Aprovação
Durante todo o evento, os legisladores municipais também puderam tirar dúvidas sobre programas e ações de Governo nos stands das secretarias estaduais, participaram de palestras e debates. A iniciativa foi aprovada pelo vereador Carlos Hermes, de Imperatriz. Para ele, criou-se um momento de compartilhamento de ideias, de socializar as experiências e de aproximar mais. Segundo Hermes, são os vereadores que estão nos municípios, e que de fato conhece os problemas locais e agora encontram soluções de forma conjunta.
São, o que chama o presidente da Câmara de Apicum Açu, José Gilson Pacotinho, de “para-choques”. “É muito válido esse encontro, porque é a gente que lida direto com o povo, nós que somos os para-choques, é importante o governador nos ouvir”.
Já o vereador Raimundo Penha, de São Luís, destacou o caráter inédito da atual gestão. “Para nós é extremamente positivo por ser uma ação inédita. Acredito que é o primeiro Governo no estado do Maranhão que chama abertamente todos os legislativos. E a grande missão vai, primeiro, promover um intercâmbio entre nós, vereadores, e uma aproximação nossa com o Governo do Estado”, pontuou o parlamentar.
Encontro
O evento integra o Termo de Cooperação Institucional firmando entre o Governo do Maranhão e o Ibam, para implantar o Programa de Qualificação da Gestão Ambiental nos 102 municípios que compõe o Bioma da Amazônia.
O termo prevê a apresentação do Plano Estadual de Meio Ambiente, além de garantir capacitação e assessoria jurídica em gestão ambiental aos municípios. Este foi o segundo encontro ampliado do governador com representantes municipais em pouco mais de dois anos. Em 2015, Flávio Dino esteve reunido com 125 vereadores e vereadoras, 29 assessores e 27 profissionais de outras instituições, que representavam 58 dos 102 municípios integrantes do Bioma Amazônia. Este ano, o Governo do Estado resolveu estender o diálogo para os demais municípios maranhenses.

“Esse caminho não é fácil”, acrescentou, referindo-se às dificuldades políticas e econômicas que o Brasil vive no momento atual.Segundo ela, a união de esforços pode ajudar a superar essas dificuldades. As parcerias, ressaltou, são uma contribuição essencial dada pelo Ibam. Ela lembrou que, desde 2015, o instituto mantém parceria com o Estado, oferecendo capacitação, orientações e auxílio.Segundo a diretora da Escola Nacional Serviços Urbanos do Ibam (Instituto Brasileiro de Administração Municipal), Tereza Cristina Baratta, o Encontrou foi fundamental para “promover o diálogo das Câmaras em apoio à expansão das atividades na área ambiental”. Ela acrescentou que o instituto está à disposição dos vereadores para estreitar o contato e estimular a participação de todas as cidades. Tereza avaliou que o evento abriu oportunidades para debater políticas mais sustentáveis.
Estiveram presentes, além dos secretários de Estado, os deputados federais Weverton Rocha e Waldir Maranhão, os deputados estaduais Othelino Neto, Ana do Gás, Raimundo Loiro, Levi Pontes e o auditor estadual de Controle Externo, Clésio Santana.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Centrais Sindicais preparam nova greve geral contra reformas e gestão Temer


Wagner Gomes, secretário geral da CTB, destacou o sucesso da mobilização realizada em Brasília e o estágio crescente da resistência dos trabalhadores, apontando a necessidade de uma nova greve geral.

"O ato cumpriu grande papel, foi a maior mobilização em muitos anos. Mesmo com a repressão da polícia, foi uma demonstração de força que coloca as centrais sindicais em outro patamar. Por isso, a CTB acredita que devemos convocar outra greve geral para dizer bem alto Fora, Temer e derrotar as reformas do governo", avaliou o dirigente.

Para Juruna, da Força Sindical, deve-se "valorizar a construção da pauta unitária e do movimento amplo que estamos fazendo e é preciso dar continuidade à luta". José Calixto, da Nova Central, acredita que o foco da luta deve ser o Senado para que não se aprove o projeto de reforma trabalhista.

"Ações de grupos vanguardistas não levam a lugar nenhum. É preciso apostar no movimento de massas. Apontar uma nova greve geral é importante, assim como marcar um dia nacional de mobilização para prepará-la", disse Sérgio Nobre, representante da CUT, que também criticou a repressão da polícia do Distrito Federal contra os manifestantes e a ação de grupos infiltrados no último ato.

Ao final, Wagner Gomes encaminhou os consensos estabelecidos na reunião. "A palavra de ordem continua sendo “Fora, Temer e nenhum direito a menos”; fica convocada uma nova greve geral, com indicativo de data entre os dias 26 a 30 de junho", resumiu o sindicalista.
 

 Fonte: CTB São Paulo