segunda-feira, 12 de junho de 2017

“Tomaremos todas as providências para o povo ser ressarcido”, diz secretário da Saúde sobre Operação Sermão aos Peixes

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, afirmou nesta segunda-feira (12) que o Governo do Maranhão vai tomar todas as medidas cabíveis para que recursos que tenham sido desviados da área retornem aos cofres públicos.

quarta fase da Operação Sermão aos Peixes, feita pela Polícia Federal, identificou irregularidades atribuídas ao Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (Idac) na prestação de serviços à Saúde no Maranhão.

“A gente vai tomar todas as providências para que o povo seja ressarcido. Vamos pedir cópia do processo na Justiça Federal para buscar esse ressarcimento aos cofres públicos”, disse o secretário durante vistoria no Hospital Aquiles Lisboa, em São Luís.
A unidade, que é referência no tratamento de pacientes com hanseníase, passou a ser gerenciada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh) após o decreto que cancelou o contrato com o Idac.
O Governo do Maranhão vem reduzindo progressivamente a presença de entidades terceirizadas na Saúde do Estado. A Emserh vem assumindo a gestão dos hospitais.
“A gente tem certeza de que o modelo é este: estamos acabando com a terceirização do serviço público no Estado, e a Emserh vai paulatinamente assumindo a administração dessas unidades”, afirmou Carlos Lula.
Em 2014, na gestão passada, foram gastos R$ 925,6 milhões com essas organizações. Em 2015, o valor já tinha caído para R$ 753,4 milhões. Em 2016, caiu para R$ 589,6 milhões. Ao todo, em dois anos, foram R$ 508,2 milhões economizados.
Vistoria
Na vistoria feita no Hospital Aquiles Lisboa, foi verificado que a unidade está funcionando de modo adequado e não houve nenhum prejuízo para os pacientes ou para os funcionários após o decreto mudando a gestão.
Secretário Carlos Lula fez vistoria a unidade que agora é administrada pela EMSERH. Foto: Nael Reis/Secap
“Desde o primeiro dia, já há uma semana, acontecem essas visitas às unidades que estão passando para a administração da Emserh para não deixar nada faltar nessas unidades. E o atendimento continua normal”, disse o secretário Carlos Lula.
Os pacientes também dizem que o atendimento continua normal. A dona de casa Joselia Helena Freitas de Sousa, 38 anos, realiza o tratamento de autismo da filha duas vezes por semana no hospital, recorrendo a terapia ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo. “É um hospital muito bom, pude ver aqui o desenvolvimento da milha filha. Os médicos são muito bons e não faltam”, disse.
Ianik Leal, presidente da Emserh, disse que as equipes técnicas do governo já visitaram todas as unidades que eram administradas pelo Idac: “Com base nos relatórios dessas unidades nós vamos  poder agir efetivamente”.
“A responsabilidade não é pequena, mas a Emserh é uma proposta do governador Flávio Dino. Nós trabalhamos para uma saúde de qualidade, para que todos os maranhenses possam ter uma saúde digna”, afirmou Leal.
O hospital
Entre janeiro e abril deste ano, o Aquiles Lisboa realizou 30.164 consultas com especialistas, além de oferecer 96.498 serviços, entre eles, procedimentos odontológicos e exames de imagem e laboratório. A unidade dispõe de clínico médico, dermatologista, pediatra, ginecologista, ortopedista, neurologista, reumatologista, urologista, nutricionista, psicólogo e fonoaudiólogo, além de terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.
“O que temos é a garantia da continuidade dos serviços, e, nesta uma semana, nós já conseguimos ampliá-los”, afirmou Raul Fagner Silva, diretor administrativo da unidade.
“Os funcionários do hospital e a comunidade receberam com alegria porque, mesmo num momento tumultuado, a gente vai continuar com essa qualidade e com o atendimento que os profissionais do Aquiles Lisboa fazem”.

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